O setor aéreo é considerado difícil economicamente, não só no Brasil, mas em todo mundo. Estima-se que haja um volume descasado das operações em caixa na ordem de US$ 325 milhões. Nos últimos anos houve pelo menos 300 casos de empresas que recorreram à recuperação judicial. É uma atividade bastante dependente das flutuações cambiais e também das oscilações de preço do querosene de aviação. Então o custo é extremamente elevado. É o que explica Luís Alberto de Paiva, economista e especialista em restruturação financeira das empresas. “Nenhuma empresa aérea no Brasil ou no mundo tem as suas contas equilibradas. O setor aéreo vive por conta de benefícios e subsídios. O querosene de aviação é extremamente forte. O governo diz agora: ‘Eu vou soltar recurso para a compra de avião’. Mas ninguém trabalha com avião próprio. Toda a frota das companhias aéreas é feita através de leasing internacional. Se há algo a ser feito é com relação a flutuação cambial, não a taxas de financiamento porque ninguém tem capital para imobilização e compra de aeronaves neste momento.
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