A recente matéria publicada pela CNN Brasil sobre a "terceira greve geral contra o governo Milei" não apresenta o cenário completo da Argentina em 2025. Uma análise rigorosa dos dados econômicos e sociais revela que a Argentina, sob a liderança de Javier Milei, vive uma das maiores recuperações econômicas das últimas décadas — e que as greves são lideradas, principalmente, por sindicatos que perderam privilégios históricos.
Recuperação Econômica Concreta
Desde que assumiu em dezembro de 2023, Milei implementou um pacote severo de reformas de austeridade, liberalização de mercado e redução do Estado. Os resultados, embora duros no curto prazo, já mostram frutos expressivos:
Inflação em Queda: A inflação anual caiu de 276,2% (abril de 2024) para 66,9% (abril de 2025), representando a maior desaceleração inflacionária em décadas. Fonte: AP News.
Superávit Fiscal: A Argentina registrou superávit primário em 2024 pela primeira vez em 14 anos, uma conquista inédita para um país que historicamente operava em déficits fiscais crônicos. Fonte: The Times.
Confiança do Mercado: O índice Merval da Bolsa de Valores de Buenos Aires disparou cerca de 130% no último ano, impulsionado pelo entusiasmo do mercado com as reformas pró-investimento. Fonte: Rio Times.
Investimentos Estrangeiros: Empresas como Mercado Livre anunciaram investimentos bilionários no país. Em abril de 2025, foi confirmado um plano de investimento de US$ 2,6 bilhões no setor de tecnologia e logística. Fonte: CNN Brasil.
Melhora Social Gradual
Embora a recuperação social leve mais tempo que a econômica, já se observam avanços:
Redução da Pobreza: A taxa de pobreza caiu de 41,7% no primeiro semestre de 2024 para 38,1% no segundo semestre, sinalizando uma melhora no poder de compra e na qualidade de vida da população. Fonte: Reuters.
Aumento do Emprego Formal: Com a abertura econômica, o setor privado começou a contratar mais, reduzindo gradativamente a informalidade que assolava o país.
Quem Está Insatisfeito?
As greves gerais têm sido organizadas pela Confederação Geral do Trabalho (CGT) e outras centrais como a CTA, tradicionalmente ligadas a partidos e movimentos de esquerda. Essas organizações perderam muito poder econômico e político com as reformas de Milei, que cortou repasses, aposentadorias especiais e estruturas inchadas do setor público.
Historicamente, esses sindicatos controlavam boa parte da vida política e econômica da Argentina, perpetuando um modelo estatizante e ineficiente que mergulhou o país em sucessivas crises. A resistência feroz que promovem hoje é menos pela "defesa dos trabalhadores" e mais pela tentativa de recuperar antigos privilégios.
A narrativa de "crise social" propagada por parte da mídia, como a CNN, omite o fato de que a Argentina está finalmente trilhando um caminho de responsabilidade fiscal, abertura de mercado e crescimento sustentável. As reformas de Javier Milei são duras, sim, mas necessárias — e já estão produzindo resultados concretos.
A resistência sindical é, em grande medida, a resistência dos antigos donos do sistema, que agora enfrentam um novo país: mais livre, mais competitivo e com perspectivas reais de prosperidade para o seu povo.
Comentários: