A Polícia Federal indiciou o deputado federal André Janones, do Avante de Minas Gerais, sob a suspeita de corrupção passiva, peculato e associação criminosa, no contexto das chamadas “rachadinhas”. O indiciamento foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal, onde a PF alega que Janones pode ter se beneficiado da devolução de parte dos salários de dois de seus assessores, que também foram indiciados. Um dos assessores é acusado de ter quitado despesas de um cartão de crédito utilizado por Janones. De acordo com a investigação, Janones é considerado o principal articulador do esquema criminoso. A PF afirma que as evidências coletadas demonstram a ilegalidade de suas ações.
O caso ganhou notoriedade após a divulgação de um áudio de 2019, no qual Janones instruía seus assessores a devolverem parte de seus salários para aumentar seu patrimônio pessoal. Dois ex-assessores de Janones confirmaram a existência do esquema de “rachadinha”. O deputado conseguiu evitar um processo no Conselho de Ética da Câmara, com base em um parecer que alegava que as suspeitas se referiam a mandatos anteriores, embora essa interpretação não tenha respaldo na jurisprudência.
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