Um desvio chamado de anel viário em Porto Seguro, com pouco mais 9 km, foi palco para mais um acidente nesta última quarta-feira (20). Uma colisão envolvendo um Fiat Uno Way, uma Moto e uma bicicleta deixaram várias vítimas.

O tal semi-anel foi construído na gestão passada pelo desgoverno da Bahia e na gestão da então deputada estadual Cláudia Oliveira, sua principal importância estava em desafogar o tráfego no centro da cidade e permitir que moradores e visitantes chegassem à Orla norte e as cidades de Santa Cruz Cabrália e Belmonte, facilitar a vida dos diversos trabalhadores e prestadores de serviços a chegarem aos seus trabalhos e de tabela consecutivamente valorizar áreas que hoje são destinadas à construção de condomínios residenciais e loteamentos de interesses diversos e em alguns casos escusos.

A falta de manutenção, assim como a não existência de sinalização da via, vem tornando aquele desvio em uma Rota da Morte. Trafegar pelo anel viário se tornou um enduro mortal para todos que usam aquela via. As margens da rodovia já foram ocupadas por construções das mais diversas, não respeitando os limites estabelecidos e que hipoteticamente o tornaria mais seguro para os que transitam na via.

Casas e comércios já se apoderaram do que chamamos de acostamento, tornando as via mais estreita ainda. Ciclistas e pedestres transitam na faixa de circulação como se estivessem na sala de suas casas, faixas de divisão das pistas apagadas e para facilitar ainda um monte de quebra molas, fora do padrão, sem sinalização e provocando acidades e mortes.

No último ano uma série de acidentes vem causando a morte de pessoas, as construções nas imediações das zonas urbanas continuam acontecendo e a via vem se tornando um caos para que usa. A manutenção do “Desvio” é de responsabilidade da SEINFRA, secretaria criada pelo Governo Estadual e que anos atrás era chamada de DERBA.

Informações obtidas junto a tal secretaria dá contam que não existe planejamento para melhoramento das vias, mais o que podemos ver no local é a construção de uma série de quebra molas, sem pintura e sem placas de sinalização, que a princípio foram construídos pela gestão municipal, que para construir deve solicitar a interferência ao dito órgão. E se foram construídos pela gestão municipal, já sabemos o tratamento que eles recebem. Afinal, raros são os quebras molas e faixas de pedestres que são sinalizados na cidade de Porto Seguro, apenas aqueles que de uma maneira ou outra ajudam e atendem a interesses de alguns asseclas com ligação com o poder.

Enquanto isso o Desvio da Morte, vai continuar a fazer suas vítimas.