O Ministério Público Federal (MPF) arquivou os inquéritos civis contra o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, e contra o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), que investiga o envolvimento de ambos com os atos do dia 8 de janeiro de 2023, quando manifestantes invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes. “É importante ressaltar que a independência funcional e o alto nível técnico do Ministério Público Federal foram decisivos para demonstrar a inocência do ex-ministro Anderson Torres, em relação aos lamentáveis atos do 8 de janeiro. Reiteramos nossa confiança na Justiça e respeito às Instituições.”, afirmou a defesa de Torres, em nota. O ex-ministro ficou preso em regime fechado durante 4 meses e atualmente responde em regime aberto, com tornozeleira eletrônica; enquanto o governador foi afastado do cargo por 66 dias.
Em relação ao relatório da Comissão Mista Parlamentar de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro, o procurador citou que o resultado apresentado não é definitivo pois contém viés político por parte dos integrantes do parlamento. “Trata-se de documento que carrega em si, e legitimamente, viés político, visto ser fruto de trabalho de integrantes do Poder Legislativo, os quais visam, com sua atuação, atender expectativas do seu eleitorado”.
Até o momento, o MPF promoveu também o arquivamento das investigações do ex-comandante da Polícia Militar do Distrito Federal, Fábio Augusto Vieira; do ex-secretário-executivo de Segurança do Distrito Federal, Fernando de Souza Oliveira; do ex-comandante de Operações da Polícia Militar do Distrito Federal, Jorge Eduardo Barreto Naime; do ex-subcomandante geral da PMDF, Klepter Rosa Gonçalves e da ex-subsecretária de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, Marília Ferreira de Alencar. “Os arquivamentos foram motivados, entre outras razões, porque não foi possível apontar conduta dolosa, nem elementos probatórios de ação intencional dos investigados, condição inequívoca para aplicação da Lei de Improbidade Administrativa. As decisões seguem para homologação da 5ª Câmara de Coordenação e Revisão do MPF”, explicou a assessoria do MPF
Comentários: