O SEU PORTAL NA BAHIA

Notícias Justiça

‘Já levei facada na barriga, e hoje foi nas costas’, diz Bolsonaro após decisão do TSE

Em conversa com jornalistas, o ex-presidente também afirmou que o TSE trabalhou contra suas propostas e que a oposição ainda não tem um nome para as eleições

‘Já levei facada na barriga, e hoje foi nas costas’, diz Bolsonaro após decisão do TSE
IMPRIMIR
Use este espaço apenas para a comunicação de erros nesta postagem
Máximo 600 caracteres.
enviando

Momentos depois de o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) formar maioria para o tornar inelegível, o ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), afirmou ter levado “uma facada nas costas” ao ter sua inelegibilidade confirmada pela Corte. A declaração foi dada nesta sexta-feira, 30, durante conversa com jornalistas em Belo Horizonte. “Respeitei a Constituição, trabalhei dentro das quatro linhas. Parece que esse esforço todo não teve esse valor reconhecido. […] Não gostaria de me tornar inelegível”, disse Bolsonaro. “Há pouco tempo, levei uma facada na barriga. Hoje levei uma facada nas costas com a inelegibilidade por abuso de poder político”, continuou o ex-presidente. Em seguida, Bolsonaro voltou a citar o julgamento da chapa Dilma-Temer em 2017, dizendo que a jurisprudência foi alterada e que ele foi julgado e condenado pelo “conjunto da obra”. Questionado pelos jornalistas, o ex-presidente disse que vai conversar com seus advogados e verificar opções viáveis. “Eu vou conversar com os advogados. Vou ver o que o advogado tem a dizer sobre”, disse Bolsonaro.

Em outro momento, Bolsonaro destacou que não houve corrupção durante seus quatro anos de governo e relembrou que o TSE chegou a proibir até a realização das tradicionais transmissões ao vivo, que eram feitas semanalmente às quintas-feiras. “Acredito que tenha sido a primeira condenação por abuso de poder politico. Acredito que esse tenha sido meu crime, um crime sem corrupção. Desde que assumi falaram que eu ia dar golpe. Acompanhamos as eleições, a maneira como TSE agiu e proibiu até de fazer live na minha casa”, disse Bolsonaro. “Acho que o Brasil fica de luto, alguém vai soltar fogos, obviamente. (O Lula) Vai entrar em campo para ganhar por quase W.O. em 2023, mas isso é democracia”, afirmou em outro momento o ex-mandatário.

O julgamento que tornou Bolsonaro inelegível começou na semana passada. O relator do caso, ministro Benedito Gonçalves, votou pela inelegibilidade do ex-chefe do Executivo, sendo acompanhado por Floriano de Azevedo, André Ramos Tavares, Cármen Lúcia e Alexandre de Moraes. Por outro lado, os ministros Raul Araújo e Nunes Marques se posicionaram contra a decisão. Bolsonaro é acusado de abuso de poder político e uso indevido de meios de comunicações por causa da reunião com embaixadores realizada no dia 18 de julho de 2022. Na ocasião, o ex-mandatário reuniu chefes de missões diplomáticas e pontuou supostas falhas de segurança no sistema eleitoral brasileiro. Dentre os itens citados pelo ex-presidente, estão o ataque hacker ao sistema da Corte e mencionou o convite feito pelo então presidente do TSE para observadores internacionais acompanharem o pleito, dizendo não saber o que viriam fazer no país.
Comentários:

Veja também

Crie sua conta e confira as vantagens do Portal

Você pode ler matérias exclusivas, anunciar classificados e muito mais!