O Brasil atingiu na segunda-feira, 8, a maior quantidade de mortes confirmadas por dengue no País ao longo de um ano desde o início da série histórica, em 2000. De acordo com a última atualização do Painel de Monitoramento de Arboviroses do Ministério da Saúde, são 1.116 óbitos pela doença nas 13 primeiras semanas de 2024. O número supera as 1.079 vítimas registradas ao longo de todo ano passado, que detinha o recorde anterior.
Na prática, contudo, esse número tende a ser ainda maior. Segundo a pasta, 1.807 mortes ainda estão em investigação.
São Paulo é o Estado com a maior quantidade de óbitos por dengue registrados neste ano, com 220 mortes; seguido de Distrito Federal, 205; Minas Gerais, 175; Paraná, 107; e Goiás e Rio de Janeiro, com 93.
O número de mortes em São Paulo, porém, é maior. Segundo os dados do governo paulista, já são 221 mortes pela doença, conforme mostrou o Estadão. Ou seja, uma a mais em comparação aos dados do Ministério da Saúde, que deverá acrescentar este e outros óbitos na próxima atualização do Painel de Monitoramento das Arboviroses.
Vale destacar que a SES registrou mais de 1 milhão de casos de arboviroses (dengue, chikungunya e zika) no Estado em 2024, dos quais quase metade (478 mil) são de dengue. E, entre os casos de dengue, 571 são referentes a um quadro considerado grave – quando há vazamento de plasma ou acúmulo de líquidos, levando a situações de choque ou dificuldade respiratória.
Devido à essa situação, no último mês, tanto o Estado quanto a cidade de SP decretaram situação de emergência em decorrência da doença. Sendo que, na capital, foram registrados mais de 157 mil casos prováveis de dengue em 2024, de acordo com a atualização feita na segunda-feira pelo Ministério da Saúde.
Ainda segundo a pasta, a cidade de SP registrou 33 óbitos em decorrência da doença, sendo que outros 129 ainda estão em investigação. Segundo o Ministério da Saúde, nas últimas semanas a dengue tem mostrado sinais de arrefecimento na maior parte do País.
De qualquer maneira, o cenário segue sendo de alerta, segundo a pasta. Ou seja, não é hora de baixar a guarda no combate e na proteção contra o Aedes Aegypti, mosquito transmissor da doença.
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